1. |
Muro
04:29
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O meu pai me falava da coisa do mundo
E um dia falou do que eu conto a vocês
O meu pai era cego mas nunca era triste
E ninguém jamais esqueceu o que fez
Morava no teto de uma parede
Ele me ensinou essa mesma lição
Hoje eu canto a você que entende:
Que o muro caia nesta nação.
O meu pai me falou que existe uma luta
Mesmo para aquele que finge não ver
Também me falou que quem finge que escuta
O lamento do outro não sabe viver...
Quem teme perder já está vencido
E eu sigo o caminho dessa afirmação:
Vivia uma vida que não tinha sido
Senão uma morte sem ressurreição,
Uma vida inteira de segunda-feira
E toda a besteira da televisão
Eu conheci o muro que separa o mundo
Sabendo que um dia ele iria ao chão...
E desce o muro (oia!)
E sobe o muro (oiê!) x3
E desce o muro, oia...
E eu passei a viver com essa religião
Se meu pai era deus, sob seu santuário
Deixaram os corpos da Inquisição
Se meu pai era homem que já viu salário
Por que ainda havia escravidão?
O meu pai era céu, era sol, era luz
Que vem pra rasgar toda escuridão
Porque a Arte foi feita pra ser incriada,
Não pra virar comercialização...
A ARTE FOI FEITA PRA SER INCRIADA
E NÃO PRA VIRAR COMERCIALIZAÇÃO!
E desce o muro (oia!)
E sobe o muro (oiê!) x3
E desce o muro, oia...
(Oportunidade não deve ser trave
Que trave a vida da nossa nação
Oportunidade não vive liberta
Mas condicionada à sua produção!)
O meu pai era cego, mas nunca era triste
Havia ainda quem viesse então
Dizer que a Utopia, em verdade, não existe
E não passaria de uma ilusão.
E como falar sem fazer que hesite
De um fariseu sua convicção
Se ele era cego, e foi ele quem viu
Qual o caminho da educação?
Mas meu pai sofria de alucinação...
É terceira língua e superior
Para quem só come arroz e feijão
É escola de base, de classe, de luta
Que pra criança é imaginação
É o romance da droga, do vício, da morte
Não ser pro jovem uma sedução
É o vício da gente em construir parede
Quando separar só traz desunião
E desce o muro! (oia!)
E sobe o muro! (oiê!) x3
E desce o muro, oia...
O meu pai me falava da coisa do mundo
E um dia falou do que eu conto a vocês
Eu vi a escola que há no Futuro
Eu desci do Muro e entendi a Lei
A vida é injusta, a história sem glória
E a honra não existe pra quem é refém.
Por isso eu desci dessa gente indecisa
Hoje te ajudo a descer também...
De cima da fresta, de cima do muro
De cima da festa, de cima do muro (x2)
E desce o muro (oia!)
E sobe o muro (oiê!) x2
(De cima da fresta, de cima do muro
De cima da festa, de cima do muro)
E desce... e desce... e DESCE... E DESCE...
E DESCE!! E DESCE!!! E DESCE, E DESCE, E DESCE!
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2. |
Coreografia
03:24
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Sei que nada volta a ser como já foi
E que as estreias já nos fazem falta
E já não posso mais me dar ao luxo de deixar
Planos pra depois...
Pois é, eu queria poder conversar
Ter o teu tato no saber falar
E te contar de um sonho bom que tive ontem
Mas acho que você não vai gostar...
Os nós das nossas pernas não me prendem mais
E pela espera o momento não vem
A sós, nossos segredos não conversam mais
E pelo desespero a outra não vem...
Mas também, pudera eu imaginar
Que a nossa dança torta ia acabar
E que em meu pé não quer mais pisar
E se um dia retornar
Na nossa dança dançarei sem par
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3. |
Coceira
04:32
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Vem, pro meu corpo se coçar
Tem que se arrastar ao se roçar, saciar
Sem, tira a roupa nas trevas, Eva...
Além: deita aqui e me leva, leve...
Vem doar-se domingo, faz arte comigo
Cê parte que eu sigo, querer é seiva
É sempre selvagem essa brincadeira
Amor é coragem, amar é coceira
É sempre selvagem essa brincadeira
Amor é coragem, amar é coceira
Amar é coceira, amar é coceira,
Amar é coceira, e ninguém me avisou...
Vem, pro meu corpo se coçar
Tem que se arrastar ao se roçar, saciar
Sem, tira a roupa nas trevas, Eva
Além: deita aqui e me leva, leve...
Vem roubar-me domingo, faz arte comigo
Cê parte que eu minguo, querer é queimar
É sempre selvagem essa brincadeira
Amor é bobagem, amar é bobeira
É sempre selvagem essa brincadeira
Amor é coragem, amar é coceira
Amar é coceira, amar é coceira
Amar é coceira, e ninguém me avisou...
Deita aqui e deixa lá
O dia que não se levou
Aceita a vida à beira-mar
E vem ser parte do que eu sou
(Deita aqui e deixa lá)
E ninguém me avisou
(O dia que não se levou)
Doar-se domingo, faz arte comigo
(Aceita a vida à beira-mar)
E ninguém me avisou
(E vem ser parte do que eu sou)
Doar-se domingo e ninguém me avisou...
Vem roubar-me domingo
Faz arte comigo, cê parte
Que eu sigo.
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4. |
Espectador
03:24
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Te vejo assim, perdida como quem
Se força a escolher
Tá tudo bem, eles dizem que às vezes
Não é pra ser
As palavras nos deixaram tão a sós
Na presença de tantos, e ao mesmo tempo
Tão a sós...
Por tudo que já foi, deixa ser
Por tudo que será, pago pra ver
Plateia nesse teu show diário
Fã assíduo das estrelas
Em teus olhos planetários
As cartas que eram voz
Hoje pedem perdão
Por amar demais
As lembranças que restaram
Sabem de cór
Todos os teus sinais
Por tudo que já foi, deixa ser
Por tudo que será, pago pra ver
Plateia nesse teu show diário
Fã assíduo das estrelas
Em teus olhos planetários
As palavras nos deixaram tão a sós...
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5. |
Dique
03:15
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O meu tempo é cedo, Maria
O meu dia é cedo, Maria
Quando nasce o dia
Ele faz um dique
No meu peito cedo
Ah, ah... Ah, ah...
Maria...
No meu peito é forte o que faz
O teu nome rente passar
Quando nasce o dia
Tanto faz, eu disse
Porque um dia o medo...
Ah, ah... Ah, ah...
Vai nos chamar num grito só.
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Destinatário Anônimo Rio De Janeiro, Brazil
Então é assim que soa quando a gente pensa no início.
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