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1.
Ela vinha dançando, Curtia sem parar Me segurou num canto E começou a me beijar Agora chega de historinha Vocês tem que entender O que eu vou falar... (Hora da virada...!) Mas não importa o conteúdo, Eu não discuto no meu discurso Só falo do que é fútil, não posso Escrever algo que seja útil... A galera tá feliz, Tá curtindo esse som, Cerveja tá gelada Acreditam que é bom, Galera tá feliz, mas jamais Vai entender o quanto se aliena Com o poder da TV! (PIANO!) Se eu falar que o que eu mais quero É simplesmente "ai se eu te pego" Vocês todas vão repetir, E se eu chamar vocês de "assanhada", "Fogosa", "abusada", ninguém vai Me impedir! (Ponte!) Mas não importa o conteúdo, (Eu não estudo) Eu não discuto no meu discurso Só falo do que é fútil, não posso Escrever algo que seja útil... A galera tá feliz, Tá curtindo esse som, Cerveja tá gelada Acreditam que é bom, Galera tá feliz, mas jamais Vai entender o quanto se aliena Com o poder da TV! (PIANO!) Não parem de pensar! (x6) Não parem de pensar, PARTE DESTINATÁRIO Pois a humanidade se baseia na alienação, é assim que caminha o nosso país, é assim que se dão os jogos de poder, é assim que a gente não pode escrever nada que difame este esquema porque seremos censurados! POR ISSO veiculamos esta mensagem num sertanejo, na linguagem do povo, no inalcançável objetivo de fazê-lo pensar sem as amarras opressoras de um sistema à base do riso, do vazio e da Televisão! Abram os olhos, pensem, percebam! É por isso que o Brasil não vai pra frente, é por isso que a ameaça é intermitente! É incongruente passar uma vida ouvindo o banal sem PERCEBER EFETIVAMENTE o banal! É fora do normal! Leiam mais, saiam da frente dos eletrônicos, não repitam bobagens! Cada povo tem aquilo que merece! Cada povo tem aquilo que merece! Não parem de pensar! Não parem de pensar! Entendam. Não parem. (NÃO PAREM!)
2.
Thais 05:09
Faz muito tempo, mas eu me lembro, Eu estava sozinho... Seria perfeito, não fosse o fato De que você era flor, E eu espinho... E o que eu vou fazer Se não encontrar você? Será que vai no jardim me deixar Apodrecer...? Eu nunca entendi, eu não sabia Que o amor não conhecia Porque via diferente E não me julgue por Saber só agora que eu... Nunca vou te esquecer. Quanto tempo durou nossa amizade? Um ano, um dia, um mês? A gente saberia quando seria a Nossa vez de tentar, Ou o brilho acabaria Antes de a gente começar? Você e eu descobrimos Muito cedo Um significado maior que nós mesmos, Um segredo que eu jamais Contaria... E assim ficaria, me diz Eu apodreceria nas suas mãos? Falando nisso... Quem será que foi O jardineiro que arrancou Você de mim...? Eu nunca entendi, eu não sabia Que o amor não conhecia Porque via diferente E não me julgue por Saber só agora que eu... Nunca vou te esquecer! Thais, tá esperando o quê Pra bater na minha porta? Thais, tá esperando o quê Pra fazer parte da minha vida? Thais, tá estranho, tá esquisito Por que não vem aqui ficar comigo? Thais, tá escuro, vem aqui E me dá abrigo... Faz muito tempo Mas eu me lembro Eu estava Sozinho...
3.
Mais amor, por favor Sentir é estar distraído. Um amor, por favor Sentir é estar distraído. Sentir é estar distraído. Antônio, antagônico personagem sempre esteve à margem, nunca passou de uma miragem e que viagem pensar que um dia ele se apaixonaria, quem diria em demasia que ele iria conhecer a mulher mais bonita que em sua vida pôde ver? Mas ele viu, foi um tiro certeiro de um cupido mensageiro que acertou aquele carteiro no trabalho, entregava cartas todos os dias, lia os endereços, o fazia com maestria, mas tinha um, em especial, que ele não conhecia, Rua Altamira, número 7, uma viela pequenina, e caminhando por lá sem imaginar o que iria encontrar, só estava a trabalhar, tropeçou numa mocinha que trazia uma pastinha com coisinhas bonitinhas todas feitas de papel, fazia dobraduras e ele estava no céu. Completavam-se, e ela buscava as cartas dele e ele as coisas dela, mas naquele segundo tudo ficou surdo e mudo e contemplou-se a imagem de um novo casal no mundo. Ele se apresentou e Ana disse o nome dela, e a carta endereçada entregada foi a ela, a eterna moradora da casinha amarela no meio da viela Altamira Mira Bela. Surgia aí a história que hoje eu vim passar; Destinatários do mundo, esse é o Conto Para Não Contar! (Refrão) E agora Antônio, o antônimo do amor, aspirava em ser ao mínimo o seu aspirador, esperava retornar àquela casa, àquela cor. Amor era o que sentia? Não sabia. O quê seria? Só queria era contar ao único amigo, o abrigo mais bonito que a gente guarda no peito; então de volta ao correio pelo mesmo meio de transporte veio Antônio, falar com o companheiro Arlindo Coelho, um carteiro que era uma peça. Ele disse "Meu amigo! Saindo de uma travessa esbarrei numa donzela na viela mais singela desta cidadela, ela era a mais bela, daquelas que a gente não se esquece, mexe com o coração da plebe!" "Antônio Prestes, cê tá bem?" "Não sei, pode ser febre, estresse, ninguém merece!" "Qual é o nome da donzela?" "Ela se chama Ana, de Altamira Mira Bela!" "Eu nunca ouvi falar" "Mas eu posso te jurar que o sentimento é igual, mulher me olhar daquele jeito aceito que não é normal!" "E qual é o feito que vai fazer, com todo o respeito, essa Ana te amar?" "Uma carta a ela eu pretendo inventar e rubricar, e assinar, e enviar e receber, e entregar pessoalmente, é o que eu vou fazer!" "Pois vá em frente, se acredita e sente, invente na mente o teu recado que eu passo a limpo contente." "Você faz isso por mim?" "Melhor amigo é assim." Enfim Antônio começou a rabiscar, começou a rascunhar, começou a declarar e a maior declaração de amor do mundo foi surgindo devagar. E o que Ana acharia? Ana diria que "não"? A resposta para isso viria depois do refrão! (Refrão) Então Antônio carregava na bagagem da viagem milhares de cartas, ares de lugares diferentes, felizmente chegava o momento esperado, Antônio exasperado e Altamira do outro lado. O fato foi que fez a festa quando a fresta da fenestra se abriu e ele viu aquele rosto branco brando e o canto dos santos quando ambos se olharam, e aquela semana inteira enfim virando passado. Com cuidado, Ana foi à porta e recebendo com carinho disse "olá" devagarzinho ao pacote que ele trazia amarrado a um lacinho, a única dobradura que aprendeu naquele tempo, vendo Arlindo lendo e repetindo bem atento o movimento. E agora era falado o que já tinha ensaiado, era fato consumado o discurso apaixonado. "Ana, eu tenho pensado em você desde que esbarrei em ti, escrevi numa carta tudo aquilo que eu senti quando te vi, sem ti minha vida é nada, não importa o que eu faça, basta de viver no canto achando que tudo tem graça, me passa o teu telefone, te juro, faço por onde e quem sabe nem demore até que a gente vá longe." Ana, paralisada, sabia que nada pararia cada palavra que ele emitia e metia as mãos nos bolsos esperando uma resposta tímida, apaixonada, pena que Ana era casada, e o maridão, chegando no carrão, na contramão de tudo que Antônio concebera em vão, não pôde evitar ao se aproximar perguntar se havia cartas da Europa pra entregar; o carteiro escondeu o pacote do lacinho. Buscou as cartas que ele havia pedido. E despedido, a carta na mão, a porta na cara, Ana era casada. Não avisaram que o amor não era pra gente fraca. O combustível dos poetas, droga de alucinar; mais um daqueles que viveu o Conto Para Não Contar! (Refrão)
4.
Aconchego 04:09
5.
Dodô 04:25
Aonde foram meus amigos? Eles estão por aí? Sou o único sozinho? Tem alguém pra me ouvir? Essa escuridão tão mórbida É a mais fria que eu já vi... Eu não sei o que é ser extinto... Infelizmente, só sei grasnir... Folhas caem ao meu lado Ao passo que eu me Protejo dos tiros que vêm lá de cima Eu não sei o que devo Fazer para escapar... Só queremos sua pena, seus ossos, sua dor! Vocês me querem vivo? -- Não! Devo seguir meu instinto? -- Não! Ou procurar outro lugar Para me abrigar? PARTE DESTINATÁRIO O Dodô foi uma ave não-voadora endêmica das Ilhas Maurícias, perto de Madagascar. Media cerca de um metro de altura e podia pesar até 18 quilos. A primeira menção ao Dodô como se conhece foi através de marinheiros holandeses em 1598. A partir deste tempo, o pássaro foi brutalmente predado por marinheiros famintos, por seus animais domésticos e por espécies invasoras, introduzidas em seu habitat. O Dodô não tinha medo das pessoas, o que, combinado com o fato de não voar, fez dele uma presa fácil para o homem. A última ocasião aceita em que o Dodô foi visto foi cerca de 1662. Hoje o Dodô não existe mais. Folhas caem ao meu lado Ao passo que eu me Protejo dos tiros que vêm lá de cima Eu não sei o que devo Fazer para escapar... Só queremos sua pena, seus ossos, sua dor! Vocês me querem vivo? -- Não! Devo seguir meu instinto? -- Não! Ou procurar outro lugar Para me abrigar? (MORRE!) (MORRE SEU FILHO DA PUTA!) (MORRE!) (EU VOU ACABAR COM A SUA ESPÉCIE!) (MORRE!) (DESAPARECE!)
6.
Sábado, dezenove de Março de 2005. Dentro de um apartamento duplex no Leblon, às três e vinte e quatro da tarde, horário de Brasília, temperatura do Rio de Janeiro excedendo os trinta e quatro graus celsius, o dólar cotando a dois reais e noventa e seis, a bolsa em queda, o mundo em crise, uma jovem no auge dos seus vinte e dois anos decide atirar pela janela não um, não dois, mas quatro anos inteiros de relacionamento sério com (vejam só!) o rapaz que chega mais cedo do trabalho com flores. Abrindo a porta lentamente, as sobrancelhas arqueadas. E como, você me perguntaria? Como? Fácil! Com aquele que divide sua cama agora, agorinha mesmo, puxando os lençóis para si. E ele começa... "É isso, então? Eu... Eu devia saber, estava na cara... Todo mundo sabia... Menos eu! É claro! Eu fui o carinha enganado, não fui? falando assim nem parece sério! Tão sério... Você andava muito com ele As pessoas colocavam ideias na minha cabeça Mas, meu bem, você sabe como é que eu sou... A gente só acredita naquilo que a gente quer acreditar E, bom, eu quis acreditar em você, né. Olha que cara sensato... Eu... Ignorei o que disseram e segui a história Como... O mais tolo dos insetos rasteja sobre A teia de aranha. Não, não, não fala nada não! Tá tudo bem, eu juro! Tá tudo certíssimo agora. Admito que é um pouco surpreendente para mim Encontrar vocês dois aqui, assim, desse jeito Mas, fazer o quê? Muitos no meu lugar já estariam fazendo um escândalo, quebrando tudo, jogando tudo fora... Talvez esse carinha nem voltasse para casa hoje, aliás, talvez nunca, quem sabe? Mas não. Eu não sou assim, né? Nunca fui... E você não me deixa outra escolha, minha querida. Se eu te odeio? É claro que eu te odeio. Eu te odeio muito, por sinal. E... Eu te odeio tanto, mas tanto, MAS TANTO, Que... Que eu fiz um samba." [INSTRUMENTAL] (Mas esse é o meu jeito, meu amor...)
7.
Então é assim que soa quando a gente pensa no "fim". Enfim, é essa a sensação de que algo em você morreu E não há outra opção senão morrer junto, Assim. É desse jeito que você se sente quando todas as suas forças se esgotaram, Quando atropelaram seus pensamentos e sentimentos E tudo que você tinha na cabeça lhe foi roubado, Tolhido, Guardado pelo incerto. Eu me perguntava constantemente se algum dia vocês pensaram em mim do jeito que pensei em vocês. Talvez estivesse errado. Talvez o mundo estivesse errado. Então a culpa é minha de não ser perfeito, De não ser aceito, De merecer ser sem-jeito com tudo e com todos? Eu mereço o que passei? Mereço o que vivi? Farei algo para mudar o que senti, Ou sofrer é o fim? Será que foi realmente culpa minha? Será que tudo isso que passa pela minha cabeça agora foi culpa minha? Como um pássaro que tentou alçar voo e não conseguiu, Eu caio na imensidão, No vazio de quem nunca tentou efetivamente; Eu pulei numa vida e nunca consegui voar. Eu nasci no ninho de corvos famintos e ignorantes, E assim que pude, tive que ir embora. Encontrar algum lugar para ficar, Voar pelo ar, Passando em todos os altares de todos os lares, as casas, as igrejas, as asas que me deram quando nasci para viajar. Eu pus uma pata para fora e a outra estava presa no ninho. Eu nunca consegui voar. E caí, caí feio num mundo em que ninguém me viu. Me debatia interna e externamente para que me notassem, tentei fazer o melhor que pude para que as outras aves se lembrassem de mim, mas não consegui. Eu simplesmente caí. E fui caindo até agora. Hoje, toco no chão. Hoje, meu crânio se esfacela no concreto da mais movimentada rua da cidade; Hoje tudo que vocês esperavam acontecerá. Hoje voarei pela primeira vez, Voarei de verdade. Logo após esta despedida, Farei meu caminho para o telhado do prédio mais alto da cidade e alçarei voo como nunca consegui. Eu serei livre, eu serei visto, eu serei feliz. Nada no mundo esquecerá que eu existi. E nada fará nada para me impedir. Eu cairei no chão, meus membros se partirão em pedaços e toda a minha carne se espalhará pela cidade. Os carros, os transeuntes, os postes, a iluminação. Nenhum centímetro de vida desconhecerá a cor vermelha de meu sangue. Ninguém se esquecerá de mim. Hoje eu toco no chão. As mulheres gritarão e os homens chorarão. As aves não saberão o que fazer. Não há dor no planeta comparável a que sinto agora, de que minha vida inteira não valeu a pena. Foram dezoito anos de lutas ardorosas e eu admito; perdi. Desisti. Desisti de viver. Para mim, não vale a pena. A vida não me passou de uma piada de mau gosto, dessas contadas pelos tios de alguém no fim da ceia de natal. Eu fui o porco da ceia de natal. Eu fui o porco de todos vocês. Fui o bilhete deixado em cima da mesa, fui a chave esquecida sobre o móvel branco. Eu fui o desalento e a tristeza, o desconforto e a desolação. Fui o cuspe que vocês deram no asfalto e a cara de nojo que vocês faziam quando eu chegava perto. Fui tudo de ruim que sobrou na vida de vocês. Fui todos os amores incompreendidos, todas as sensações não sentidas, todos os desejos insaciados. Fui todos os tipos de dores, físicas ou psíquicas, que vocês não sararam. Fui tudo que vocês não conseguiram sanar, não conseguiram curar, de que não conseguiram se livrar. Fui o pássaro que não voou, o porco partido em oito, a senhora atropelada e o suicida que pula da ponte. Fui todas as dores do mundo. FUI TODAS AS TORTURAS TODOS OS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO TODAS AS MULHERES ENFORCADAS ADÚLTERAS OU NÃO E TODOS OS HOMENS AFOGADOS NA GRANDE NAVEGAÇÃO. Hoje, eu toco no chão. Hoje eu toco no chão. Mãe e pai, despeço-me agora, já chegou a minha hora, eu tenho que subir. Subirei aos céus e descerei ao Inferno, o meu lugar afinal de contas. Espero que me assistam, espero que encontrem isso a tempo de ligarem a TV e espero que me vejam acenando para vocês. Espero nunca mais ver vocês na minha vida, nem meus amigos do colégio, nem as psicólogas, nem os terapeutas, nem os dentistas, babás, enfermeiros e parteiros que cuidaram de mim. Espero ir para o Inferno também para apenas reconhecer meus verdadeiros amigos, as pessoas que eu talvez mereça no pós-vida. Eu não quero o Céu. Eu não quero o "não". Hoje eu toco no chão.
8.
Feia 04:53
Minha feia, és linda como a margarida Que não brotou e não existiu. Linda como a beira do rio Que não deságua em lugar algum. Como o querer ser, que, mesmo querendo, Ainda não é. E linda como ti, minha querida, Não há outra sequer; Nenhuma meia tudo, meia metade O quarto escuro, ebriedade Feia, ninguém te beija Com bondade E em todas as praças, todos os antros Feia. Entre os beijos, sob os lençóis Feia. Depois da noite, a melancolia insone Feia. E, ironicamente, Em tua abismal insignificância encontrei - quem diria? - A mais pura felicidade. Foi em teus braços que me deleitei em campos de rosas tortas. Você são montanhas disformes, você toma tempo para explorar. E se perguntas do que gosto em ti, É fácil; essa feiúra ao contrário é o semi-desencanto que me inspira: O não-ser tem sua própria poesia. Por que achas que não fazem livros Sobre os feios? E não escrevem Poesia? E não entoam melodia? Por que não? Se um escritor náufrago do século XVIII Dedicasse sua vida à escrita de um Poema a ti, 'cê acha que os versos Rimariam? Aliás, Feia, quantos poetas do século XVIII Morreriam Por você? Mas, querida, não se importe com essas questões bobas -- de alguma forma transcendes o imperativo dos sentidos; Tu és as folhagens sobre as quais me Deito e dispo e durmo, Folha de palmeira Na estrada da vida. Feia, tu és aquele tal luar através dos altos ramos Escondido, quimérico, Maravílico Apenas para quem não tem o olhar cansado. Feia, em teu silêncio me calo E em ti me separo Pra ficar (melhor) sozinho, Desacompanhado com você. Feia, não adianta se olhar no espelho. O que vejo não é o que vês e se é metade Do que vejo Ainda é muito pouco Mesmo sendo muito. Feia, largue a maquiagem Deixe de bobagem Ninguém vai te ver; Olhos foram feitos para precisar E quem além de mim Precisa de você? Feia, e chegar-se-á o dia em que belo e feio Serão o mesmo? Ou serão nada? Amar-se-á com receio? Preconceito? E poder-se-á dizer, num futuro Que fui feito para você, e vice-versa? Ainda falta muito (?)
9.
Capturada 04:36
10.
Debaixo da tua porta Eu deixo esse envelope como está Mas admito que me sentiria Bem melhor ao te falar Daquelas coisas que a gente Um dia planejou de brincadeira Mal sabia eu que viraria O meu livro de cabeceira Mas agora onde está você? O envelope não sabe dizer. Eu fico aqui te esperando Ao som da chuva, à luz da Lua flutuando E você nem passa em casa pra dormir Me diz como é que eu posso descansar Enquanto andas por aí? Porque eu sempre soube que não podia te segurar, Mas nunca pensei no quanto iria me afetar Passar noites em claro Pensando no quê você iria fazer Ao tentar me esquecer Por isso eu mando essa carta Pra você ver tudo que eu lembro Ao pensar em você... Em você... E eu volto para casa Não tenho condições De te esperar mais uma vez De oito e meia até às três Se é isso que queres, Não há nada que eu possa fazer... Costumávamos conversar Até a noite acabar Na madrugada viajar Hoje você nem sabe o meu celular... Eu ando pela chuva Onde está você que não escuta Eu gritar seu nome? Eu dou mil passos repensando Em tudo aquilo que escrevi não por engano Está tão frio aqui fora pra sumir Me diz como é que foi esse o caminho Que eu escolhi? Porque eu sempre soube que não podia te segurar Mas nunca pensei no quanto iria me afetar Passar noites em claro Pensando no quê você iria fazer Ao tentar me esquecer Por isso eu mando essa carta Pra você ver tudo que eu lembro Ao pensar em você... (Onde está você...? Costumávamos conversar... Se é isso que queres... Noites em claro... Pensando no que... Você faria ao tentar me esquecer... Eu ando pela chuva... A noite acabar... Não escuta... Eu gritar seu nome...?)

about

"Rascunho" é o primeiro álbum do Destinatário Anônimo, gravado de forma amadora e com o propósito de expor a ideia principal do projeto. Foi escrito e produzido por Daniel Batista e teve a participação especial da Luísa Guimarães em "Conto Para Não Contar" e do Dimitri Enriquez em "Hoje eu Toco No Chão".

É um trabalho experimental que mistura sertanejo com folk, rap, samba e música conceitual. Lançado em 1º de Abril de 2014.

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released April 1, 2014

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Destinatário Anônimo Rio De Janeiro, Brazil

Então é assim que soa quando a gente pensa no início.

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